Por Fábio Rodrigues—

Em Brasília, no último domingo, dia 7 de janeiro, véspera de se completar um ano dos ataques antidemocráticos ocorridos na capital federal, movimentos sociais e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) mobilizaram suas bases e promoveram o “Ato em Defesa da Democracia – Sem Anistia Para Golpistas”. A manifestação ocorreu em um trecho do Eixo Rodoviário Norte.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, salientou que o principal objetivo do ato foi relembrar o que aconteceu na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, para assim “fortalecer a democracia” e tentar impedir que eventos semelhantes voltem a ocorrer. Houve uma tentativa de golpe de Estado por meio da desestabilização dos poderes da República, com o objetivo de inviabilizar o governo democraticamente eleito [em 2022]”, afirmou o dirigente. Rodrigues lembrou ainda que o episódio foi precedido por uma série de atos criminosos e antidemocráticos, como o ataque ao prédio da Polícia Federal e a tentativa de explosão de uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília, ressaltando a necessidade de que as pessoas responsáveis, sobretudo aquelas que arquitetaram ou favoreceram este golpismo, incluindo militares, sejam punidas [1].

No Rio de Janeiro, o ato ocorreu na segunda-feira (8), reunindo centrais sindicais, movimentos sociais e representantes de partidos políticos na Cinelândia, na região central. Apesar das diferentes bandeiras e siglas presentes, foi unânime a mensagem de que é preciso manter viva a memória dos acontecimentos do ano passado na Praça ds Três Poderes, para que eles nunca mais se repitam. Além disso, reforçou-se a necessidade de punição a todos os participantes e lideranças dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Joacir Pedro, pediu a união dos trabalhadores brasileiros e disse que somente em um Estado com plenos direitos é possível ter avanços sociais.

Esse ato em defesa da democracia é muito importante. Nós, trabalhadores do FUP e trabalhadores em geral, temos que repudiar qualquer tentativa de golpe. Por isso estamos aqui hoje em defesa dos direitos e do Brasil. E é importante que não haja anistia para quem participou e financiou o golpe. Eles têm que ser punidos”, disse Joacir [2].

Em São Paulo, o ato também foi realizado na segunda-feira (8), reunindo dirigentes da CUT-SP e outros movimentos sindicais, sociais, populares e estudantis. Com bandeiras do Brasil, de movimentos populares e de partidos da esquerda, os manifestantes, reunidos em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, exaltaram os valores democráticos e entoaram o coro de “Sem Anistia”, pedindo responsabilização para os golpistas que atentaram contra o Estado brasileiro há um ano [3].

Fontes:

[1] https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-01/movimentos-e-partidos-fazem-ato-em-brasilia-em-defesa-da-democracia

[2] https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-01/ato-no-rio-defende-democracia-e-pede-punicao-para-golpistas-do-81

[3] https://sp.cut.org.br/noticias/8-de-janeiro-defesa-da-democracia-marca-ato-na-paulista-ef15

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