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Os cidadãos estão às vésperas do primeiro turno. As pesquisas mostram uma vantagem para o campo democrático e progressista, expressa na frente ampla em torno da chapa Lula-Alckmin à presidência-vice. Nada, porém, mais pernicioso, em tais condições, do que o “já ganhou”, forma ingênua de uma postura naturalista, como se a disputa eleitoral fosse regida por leis de bronze coaguladas em algum lugar meramente objetivo e imutável. Trocar o embate real de classes – na espécie caracteristicamente política – por vaticínios baseados em preferências ou desejos, quando muito nas impressões ou mesmo em situações momentâneas, é uma receita certeira para o “salto alto” e a desmobilização.

Até o próximo domingo, a militância oposicionista, inclusive os leitores do portal Vereda Popular, que nem sempre são diretamente vinculados às iniciativas e atividades orgânicas da mobilização, podem manter a confiança na vitória, mas precisam retesar os músculos ao máximo e preparar cuidadosamente a sua contribuição individual, de modo prático e viável. Foco especial deve ser dispensado aos setores de massa capturados pela demagogia falangista ou indefinidos e tendentes a qualquer tipo de abstenção, especialmente os mais próximos, física ou eletronicamente. Trata-se de agir como sujeito, em vez de contemplar uma vitória que de fato se constrói na participação de todos e cada um.

Talvez assim venha decidir-se o desfecho de uma dura batalha, travada por anos a fio contra um inimigo poderoso, decidido, estruturado e disposto a tudo, sem qualquer limite. Considerando-se o momento crucial da campanha, urge concentrar o esforço no seu arremate final, o mais produtivamente possível, conforme as seguintes seis providências:

I – escolher as melhores opções para marcar na urna, que tenham condições de vencer a extrema-direita nas majoritárias em cada estado e combatê-la nos parlamentos.

II – fazer uma lista específica, com nomes dos familiares, amigos, vizinhos e conhecidos em geral, visando a procurá-los imediata e criteriosamente até o início da votação;

III – distribuir impressos a cada contato, com informações concretas sobre os números e nomes dos indicados aos diferentes mandatos, mormente as chamadas “colinhas”;

IV – escrever um bilhete nos aplicativos, pedindo voto para os candidatos, e remetê-lo para os contatos nas redes sociais, se possível com versão eletrônica dos materiais;

V – deslocar-se para os locais de votação com bottons e camisetas que mencionem os postulantes, franca e corajosamente, contribuindo para exprimir as suas opiniões;

VI – dissuadir as provocações, de preferência indo à seção de sufrágio em companhia de outras pessoas, principalmente as que apoiem as mais consequentes alternativas.

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