O portal Vereda Popular (VP) publica a entrevista realizada com o Presidente do Sindicato dos Músicos Profissionais de Minas Gerais – SindmusiMG, Antônio Pompeu Viola, em 10 de março de 2023.

Antônio Maria Pompeu Viola preside atualmente o Sindicato dos Músicos Profissionais de Minas Gerais – SindmusiMG – formou-se como violoncelista na UFMG, com especialização em Música Brasileira-Práticas Interpretativas na UEMG.

Atuou por 35 anos na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, muitos dos quais como primeiro Violoncelo, assim como ministrou aulas na Fundação de Educação Artística, de 2004 a 2022, e no Curso de Bacharelado em Música da UEMG, de 1996 a 2017.

Atualmente, trabalha como violoncelista na Orquestra de Câmara SesiMinas, 1995, bem como no Quarteto de Cordas da PUC Minas, além de compor o trio Tempos Três, que se dedica ao repertório de tangos tradicionais.

VP – Em que outros grupos musicais de câmara e orquestrais você participou? Como foram tais experiências?

Viola Em orquestra eu participei da orquestra de Câmera da Fafi-BH, que hoje se chama Uni-BH, fiquei uns 5 anos lá, e outros tantos na orquestra que hoje se chama Ouro Preto, que era Orquestra da UFOP, na época. São orquestras que eu participei como contratado. Música de Câmera fiz várias formações. Acho interessante dizer que logo quando entrei para a Sinfônica, no início da carreira, eu participei de um grupo, era uma espécie de rock de câmera, que era com o Marco Antônio Araújo. Ele trabalhava com várias formações, tinha uma que era de rock mesmo com baixo, bateria, guitarra e tudo mais, e tinha um violoncelo. E, tinha uma outra formação que era mais de câmera mesmo com flauta, violão, violoncelo. Trabalhei muito tempo com ele, até a morte dele, muito prematura, né. Ele era meu colega na Sinfônica, inclusive era meu colega de estante. Tocamos na mesma estante por um bom tempo. Depois eu fiz muitas formações de câmera, um mais institucional, que era lá na UEMG, um trio com piano, violino e violoncelo. Fiz quartetos de corda, vários. Fiz um quinteto com piano, também. Por aí vai, muita coisa. O destaque assim natural é o Marco Antônio, que era um rock progressivo. Era um repertório todo autoral, dele, interessante, pela originalidade da coisa, né. (Aí você chegou a gravar também?) Sim, três discos. Ah, eu pulei o mais importante de todos, o mais duradouro. E, que até hoje, você falou do Trio, Tempos Três, que a gente faz com o Rufo Herrera, e o Fernando, contrabaixo, que é originário do quinteto, Tempos. Trabalhei no quinteto por muitos anos, com o Rufo, desde de 1992. O quinteto por mais de 25 anos ficou ativo. Depois as pessoas foram, naturalmente, cada um cuidando de seu caminho, e agora estamos revivendo isso tudo com o trio. O quinteto tem também, três discos gravados, e muitas apresentações, pelo interior de Minas, pelo país a fora, em festivais ,etc,, inclusive fora.

VP – Por favor, comente a sua participação em concertos, shows musicais e filmes.

Viola – Uma vez eu fiz um pequeno levantamento disso. Estava na UEMG, ainda, me pediram currículo, essa coisa. Teve um bom tempo que eu tocava na Orquestra Sinfônica e na Orquestra do Sesiminas. O Sesiminas tinha por contrato na época, que fazer 40 apresentações anuais. Tinha que fazer o mínimo de 40, não podia fazer menos.

E assim foi que eu fazia, em média na época de 50 a 60 apresentações com a Sinfônica, mais as 40 do Sesiminas e outras com grupos de câmara, ou seja, só aí, era 90/100 concertos por ano. Como isso foi por décadas, você faz a conta aí, que eu já perdi a conta. Teve milhares, então é difícil falar. Teve alguns mais significativos, mas fica meio perdido na memória. Trilha, gravação, a gente sempre faz. Às vezes a gente grava e nem sabe para quem está gravando. Grava uma faixa para um disco. E, também trilha sonora. Eu lembro ter gravado trilhas sonoras com o Rufo de curtas-metragens. Tem uma trilha que foi bastante especial pelo que aconteceu com o filme, Lavoura Arcaica. Baseado no livro, Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar. Romance muito forte. Muito interessante. Era um quarteto de violoncelos na maior parte da trilha. Músicas do Marco Antônio Guimarães. Essa trilha tem um fato muito pitoresco: eu tinha acabado de ler o livro, Lavoura Arcaica, estava impactado com ele, que é um livro muito forte, eu tinha acabado de ler à noite anterior, e fui dormir com aquilo na cabeça e acordei com o livro na cabeça, na manhã seguinte, coincidência engraçadíssima, toca o telefone lá em casa e era o Marco Antônio Guimarães com quem eu não conversava a mais de 5 anos, sei lá. Ele tinha sido meu colega na Sinfônica, já tínhamos feito coisas junto, e ele me liga esse dia, falando: tem uma proposta de trabalho pra você, é a respeito de uma trilha de um filme, é sobre um romance, você não deve conhecer, mas é um romance muito interessante, e o filme vai ser sobre esse romance chamado, Lavoura Arcaica (rssssss). Foi muito engraçado. E essa trilha era uma trilha muito bonita, inclusive ganhou o 1º lugar no Festival de Havana, quando foi lançado o filme. Então, é significativo pelo tamanho que ele tomou, mais do que os outros, E por esse fato pitoresco, essa coincidência. (mais algum outro concerto, alguma coisa de show que você lembra, importante). Teve muitos, aí, marcantes, porque foram com grandes regentes, grandes solistas Bom uma outra coisa marcante foi que, eu que era beatlemaníaco quando era jovem, sou um pouco até hoje, tive a oportunidade com a Orquestra Ouro Preto, de tocar num festival chamado BeatleWeek, que é um festival anual, que tem em Liverpool, vai gente do mundo inteiro, é um festival mundial. E eu fui, e estava fazendo 50 anos da estreia dos Beatles. Eles começaram em 1962 com a formação deles com o Ringo na bateria. Então eu tive a oportunidade de tocar Beatles, em Liverpool, com a Orquestra. E também com um quarteto de cordas, dentro do Cavern Clubbar onde os Beatles tocavam no início da carreira deles. Coisa interessante, quando eu ví, eu ‘tava tocando Beatles dentro do Cavern Club, lá em Liverpool. Isso era um sonho de juventude, desses que jamais acontecem, né? Talvez sejam essas as coisas mais pitorescas.

VP – Considerando que o mundo musical desperta curiosidades e sonhos, você acha que o dia a dia dos profissionais do setor é reconhecido no Brasil?

Viola – De certa forma sim. Porque a música é muito importante no Brasil. A música, socialmente, o povo brasileiro gosta muito de música, de todo tipo de música. E está aberto, muito aberto, a todo tipo de música. Eu tenho umas experiências pessoais de você achar que vai tocar um determinado tipo de música, que pode parecer mais hermético, que pode parecer mais difícil e tal, em lugares que você diz, não vai dar certo aqui e dá super certo. (você quer ilustrar com algum fato?) A orquestra do Sesi, tinha uns anos atrás, hoje é diferente, mas é, uma programação de levar música erudita em fábricas, indústrias, construção civil. Era uma programação interessante, porque, parava uma manhã, uma tarde, você parava o trabalho e você iria no meio do pátio da fábrica ou do meio de uma construção, no meio do caminho, improvisava-se ali um palco, algumas cadeiras, e você tocava pros operários. Tocava uma mescla de músicas brasileiras de concerto, arranjos de música popular, e tocava Bach, Mozart e tal. E o pessoal sempre adorava. Aí você vê como é o público brasileiro. Ele está aberto a todo tipo de música, gosta da música que talvez seja considerada por muitos uma coisa mais elitista. Não é verdade. É porque não chega. Quando chega o pessoal gosta muito. A música popular não precisa nem falar. A música popular brasileira é a mais rica do mundo. Tem uma diversidade enorme. Se você analisar a diversidade da música popular no mundo, mais da metade está aqui, no Brasil, muitos ritmos, muitas diferenças regionais. Então nós somos um povo muito musical. E a música brasileira é muito boa, você vê o chorinho, por exemplo. A música popular, a chamada música popular, ela não é tão assim, popular no sentido de ser simples, simplória, embora, ultimamente tenha ficado um tanto, em alguns nichos, talvez, até os mais bem remunerados. Ela é muito rica. Muito erudita, vamos dizer assim, no melhor sentido da palavra. Música estudada. Uma música como o choro, não é qualquer um que pega e faz. É preciso estudar. Não precisa estudar na Academia. Mas ele precisa ficar no instrumento dele, ouvir muito, pesquisar muito para ser um chorão, por exemplo. Então acho que por esse lado é muito gratificante ser músico no Brasil. Pelo lado da remuneração, nem tanto, né, o que eu diria assim, com raríssimas e honrosas exceções que confirmam a regra como se diz sempre. Quanto melhor, menos remunerado. A regra poderia ser, mais ou menos, essa aí, com as raras exceções.

VP – Como a política cultural dos governos impactam a categoria profissional dos músicos no Brasil?

Viola – Eu diria, para ficar no âmbito da música, que não temos uma política cultural. No sentido de existir um direcionamento. Eu não estou nem defendendo aqui, se deve ou não haver um direcionamento para a arte, o que é polêmico também. Mas, eu posso dizer um pouco da minha opinião de que, em certa medida tem que ter sim, e falta, né. Talvez, a gente tenha tido alguma coisa, um esboço disso, nem um esboço, mas, uma coisa mais consistente, ainda quando eu não era nascido (nem você Alex), ou seja, faz bastante tempo, foi no Governo Getúlio Vargas com o Villa Lobos, que o Getúlio pediu, e o Villa Lobos fez um trabalho de musicalização nas Escolas. Fizeram uma coisa, a partir das escolas, que era uma coisa, que no mundo na época tinha muitos paralelos: Béla Bartók, Penderecki, Kodály, etc. Grandes músicos e pedagogos da música, grandes músicos que fizeram trabalhos, assim, muito grandes, cada um em seu país, e o Villa Lobos foi encarregado disso. Realmente, a gente podia dizer que tinha uma política para a música no país. Não vivenciamos isso, não posso dizer como era, mas me parece uma grande iniciativa. Depois disso, com todo respeito que eu tenho às leis de incentivo, importantíssimas que elas são, eu acho que elas são um grande, um ótimo, um enorme quebra galho. Porque dá dinheiro para a cultura de modo geral, mas sem muito direcionamento e, vou fazer aqui, uma crítica que muita gente faz: com isso, do jeito que elas são desenhadas, deixa na mão do empresário para pautar, o que é que vai e o que não vai. O Empresário é que tem que decidir, esse aqui eu vou patrocinar. Tem esse lado. Então eu acho que a respeito disso não existe um direcionamento. Não é direcionar a criação artística. Acho que não pode ser direcionada. Mas, direcionar um fazer artístico. Pensar, inclusive, a questão da formação musical, você sabe, precisa de muito trabalho. Às vezes, no senso comum, o pessoal acha que tem uma inspiração, pega um violão, e sai fazendo música. Não é assim, é muito trabalho diário, técnica, essa coisa toda. Mesmo que não seja dentro da academia. Mesmo quando o cara é um autodidata. Então precisaria de ter um sustentáculo para isso, uma base, pro cara poder trabalhar tranquilo. Não é a questão da criação. A criação, eu acho que não pode ser mesmo dirigida. Isso aí é censura, uma ideia de censura. Não é isso. (parece que você tinha uma família de músicos, um ambiente já para a música, um reconhecimento interno,né). Meu bisavô tocava violino, passou pro meu avô. Meu avô também tocou violino. Fez os filhos dele estudarem, todos estudaram… Era uma coisa que, naquela época, tinha muito em algumas regiões no interior do país. O meu pessoal é lá de Campanha no sul de Minas. Campanha como em outros lugares, tinha um movimento. Como em São João Del Rey, com suas orquestras bicentenárias. A orquestra mais antiga da América do Sul está em São João Del Rey, a Lira Sanjoanense, que é uma orquestra amadora, mas é a mais antiga. Eles têm esse título, a mais longeva. Então lá em Campanha, também, tinha tradição. Meu avô ensinou a todos os filhos algum instrumento. Minha mãe aprendeu violino. E, eu tive dois tios que se se profissionalizaram: um violinista tocou muito tempo no Teatro Municipal, Rio de Janeiro, aposentou lá. E o violoncelista, que foi meu tio e primeiro professor. Foi professor aqui da UFMG, professor de violoncelo.

VP – Conforme a sua visão, qual é a importância de participar no SindmusiMG?

Viola – Desde quando eu estava ainda na Sinfônica, eu sentia falta da presença do Sindicato, muitas vezes, a gente tinha demandas lá, porquê o trabalho do músico é muito diferente dos demais. Faltava uma representação que entendesse o que a gente fazia. Estou falando de uma experiência pessoal, que era dentro da Sinfônica. É evidente que isso não vale para todas as áreas em tudo quanto é lugar. Bom, aí o que que aconteceu. Nós tínhamos lá os músicos que discutiam mais profundamente essa falta de representação. Por isso nós criamos a Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica que existe até hoje. Isso foi criado, se não me engano, em 1994, e por uma coincidência, talvez, porque eu era o sujeito menos polêmico, me puseram na presidência da Associação. Eu me dava melhor com todas as tendências, então eu fui o primeiro Presidente dessa Associação que existe até hoje. Depois dela também foi criada a Associação dos músicos do Coral Lírico, que é de lá. E hoje a Filarmônica tem a Associação de músicos deles. Então todos os músicos sempre se associam. Eu acho interessante ter essas associações para cuidar das questões muito particulares de um grupo grande, ali, que trabalha junto, coeso, ali na mesma sala, essa coisa toda. Mas, essa associação foi criada, me lembro bem, por causa do distanciamento que a gente tinha Sindicato. Precisava de um Sindicato mais atuante e não sentíamos isso. Inclusive quando nós criamos a Associação procuramos, aqui, o Sindicato, e fizemos a Assembleia de criação da associação dentro do Sindicato. Fizemos questão de falar isso p’ra marcar a posição que a gente não era um movimento de ruptura, mas de congraçamento com o Sindicato. Mas acabamos nos distanciando de novo. Depois, quando tive a oportunidade de compor a Diretoria do Sindicato, eu vi com bons olhos isso. Era uma oportunidade de recuperar aquela ideia antiga que a gente tinha. A partir desse momento comecei a pensar: é Sindicato dos Músicos Profissionais de Minas Gerais, que é muito maior do que a imensa maioria dos países da Europa. Tem 853 municípios. Cada um deles tem pelo menos um músico profissional tocando no fundinho lá da Pizzaria, da Churrascaria. Esse negócio é pequeninho (se referindo à Sede do Sindicato) que a gente enxerga, mas é muito grande, potencialmente. Nós temos uma tarefa aí, que é muito grande. Mas, com as possibilidades que a tecnologia nos dá, e que a pandemia acelerou, da gente se aproximar através de reuniões virtuais, essa coisa toda, a gente tem a oportunidade de fazer desse Sindicato um Sindicato que represente Minas Gerais inteiro. Se a gente conseguir começar isso, e estamos conseguindo começar já, mas se a gente conseguir levar mais a frente, será um grande feito. Sempre lembrando, apesar da minha experiência pessoal estar muito dentro de um grupo muito restrito, Orquestra Sinfônica é um grupo grande mas restrito, que 95% ou talvez até mais do que isso, são músicos autônomos, estão espalhados, sem uma vinculação, pelo Estado afora. Então a gente tem uma missão muito grande de tentar congraçar isso tudo e organizar. E fazendo isso eu acho que a gente pode pressionar muito politicamente, em prol dos músicos e da Música.

VP – A categoria dos músicos profissionais é composta por duas camadas profissionais distintas, os trabalhadores assalariados, portanto proletários, e os trabalhadores autônomos, portanto contapropistas, conforme detectou a Carta Programa do Sindicato. Em Minas Gerais, em que instituições se concentram o proletariado da música?

Viola – A maior concentração é aqui na Fundação Clóvis Salgado, que tem uma Orquestra Sinfônica, um Coral Lírico, e também a Escola de Música, Cefart, com professores de música. Então é a maior concentração de pessoal dentro de uma mesma instituição. Acredito que a segunda seja a Orquestra Filarmônica. Tem só a orquestra, mas com 90 músicos. Nós temos algumas outras orquestras, também, profissionais, semiprofissionais com todos os tipos de formação, Orquestra de Câmera, como a Orquestra de Ouro Preto, a Orquestra do Sesi, que são orquestras menores, mas, que congraçam um número significativo de músicos. Que a gente pode considerar às dezenas, vamos dizer assim. E tem Escolas de Música. Essas são as concentrações do que se chamou de proletariado da música, os trabalhadores que têm um vínculo de emprego. É isso, agora o grosso são os contrapropistas, autônomos. (e você tem uma atenção especial com eles) Imagino que tenha que ter, pois são os mais desassistidos. É o grosso da categoria, não é? E nós temos conversado sobre isso, sobre o que é a precariedade da vida de um músico autônomo. Em termos, inclusive, previdenciários, como é que vai ser o futuro dele, essa coisa toda. Isso é uma coisa preocupante. Que não é só na música que a gente vê, mas na classe artística em geral. Acontece no Teatro. E eu acho que os músicos são menos atentos. Ou, menos representados nesse âmbito. Não é só o dia a dia, mas também, o futuro. Ninguém é eterno. Um dia o cara tem que parar. E essa diferença também se estende ao próprio Sindicato, que é diferente dos outros Sindicatos. O músico não tem a facilidade de ter um emprego fixo de oito horas por dia, aí ele se elege Diretor do Sindicato, se licencia, vai trabalhar no Sindicato com o salário do emprego. Para nós não é assim. O músico não se dispõe a se afastar do emprego, porque se largar, ele não volta. Então ele não para. O músico, se parar ele não volta. Tem uma outra coisinha para complementar, que eu acho, que é o fato de nós termos um Sindicato estadual e o Brasil é cheio, pontilhado de Sindicatos de músicos, estaduais ou municipais, e de não conseguir, até hoje, federalizar isso, porque os problemas são federalizados, vamos dizer assim. Os problemas são muitos. São de todos. Em um país desse tamanho, se a gente conseguisse uma articulação de todo o movimento sindical musical, ia ser um peso, muito importante e muito forte. Nós estamos muito atrasados. Existe a Federação Internacional de Música. Nós fomos convidados a participar pelo Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro. Foi uma reunião regional da FIM. Regional, assim, da América Latina e Caribe. Apenas o

Rio de Janeiro é filiado a essa Federação e, quis aproximar mais alguém. Nós tínhamos algum contato anterior com o Sindicato do Rio, e aí chamaram a gente aqui. O Secretário que estava organizando, atua nos Estados Unidos, mora nos Estados Unidos, e lá eles têm um Sindicato Nacional. Todos os outros Sindicatos eram nacionais. Estavam lá a Colômbia, Peru, Chile, Uruguai e Panamá. Eles custaram um pouco a entender. Vocês são do Brasil, mas são dois sindicatos. Eles são aqui do Rio e, nós somos de Minas Gerais. Aí tem que explicar que Minas Gerais, é um estado, que é muito grande e, que nós não temos uma federação aqui. Mas, já podíamos estar avançados nessa questão da Federação. Já se tentou isso uns tempos atrás, mas o pessoal acabou desistindo. Inclusive, a minha primeira fala de abertura, lá, foi de conclamação mesmo. No sentido de que a gente voltasse a trabalhar pela federalização. Criar uma federação nacional.

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