Por Vereda Popular—

No último dia 8, foi realizado um ato público em defesa do regime político democrático e do julgamento, responsabilização e punição dos articuladores, financiadores e executores da tentativa de golpe desfechada em janeiro de 2022. 

Este triste capítulo da história nacional não pode ser esquecido ou menosprezado. Naquela ocasião, centenas de pessoas invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília e depredaram as sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. 

Neste dia 08 de janeiro de 2025, o encontro ocorreu na Faculdade de Medicina da UFMG e foi coordenado pelo Superintendente Regional do Trabalho, Carlos Calazans, e pela Sra. Maria Rocha, representante da UFMG. 

O ato contou com a presença de representantes de dezesseis partidos políticos, de oito centrais sindicais e dezenas de sindicatos, de entidades estudantis, de organizações populares e de várias entidades da sociedade civil. Contou ainda com a presença dos vereadores Dr. Bruno Pedralva (PT), Luiza Dulci (PT). 

Além da denúncia da intentona golpista e da exigência de punição dos responsáveis, o evento homenageou os participantes do 3º Encontro Nacional dos Estudantes (III ENE) realizado em BH em 1977.

Na oportunidade, seguindo determinação do governo ditatorial, a polícia militar ocupou a Faculdade de Medicina da UFMG e prendeu mais de 400 estudantes, enquanto as ruas da Cidade viviam batalhas campais entre as forças policiais e ativistas democratas. 

Na homenagem, foi exibido um vídeo e aberta a palavra para Ana Rita, detida na época e atualmente militando em causas democráticas. 

Após a fala de abertura, feita pelo Superintendente, todas as instituições presentes fizeram uso da palavra. 

A tônica de todas as  intervenções foi a necessidade da unidade democrática e progressista na luta contra a extrema-direita e giraram em torno da palavra de ordem “Golpe nunca mais. Ditadura jamais”. 

Foram ainda lembrados militantes que perderam a vida na luta contra a ditadura militar e outros que se destacaram nas causas populares e democráticas, como Dona Helena Greco e o ex-deputado Sérgio Miranda. 

Ao final da reunião, foi firmado um posicionamento contra anistia para os condenados do 08/01/23 e validado o compromisso de vigilância e de luta por punições contra todos aqueles que tiveram participação na intentona golpista. 

Com a presença de mais de 300 pessoas, o ato foi reconhecido como o mais unitário dos últimos anos em BH e foi encerrado por Betinho Duarte, militante histórico do cenário político da cidade.

Ato 8 de Janeiro: unidade no combate à extrema direita

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