O portal Vereda Popular, pronunciando-se acerca da prospecção petrolífera na Margem Equatorial, do Amapá ao Rio Grande do Norte, transcreve a “Moção” aprovada pelo Comitê Central do PRC – Partido da Refundação Comunista (Brasil) – na reunião de 26-28/5/2023:
“Com o fracasso da chamada ‘globalização’, acirraram-se as disputas planetárias em torno de áreas, matérias-primas e territórios estratégicos. O Brasil está inserido nesse contexto. Estudos realizados até agora apontam para a existência de uma importante jazida petrolífera, com enorme grande potencial econômico, na Margem Equatorial – do Amapá ao Rio Grande do Norte.”
“O povo brasileiro e o Governo Federal têm o direito e o dever de garantir os seus interesses soberanos, que passam pela segurança energética, pelo abastecimento de sua demanda por petróleo – atual e futura – e pela garantia dos recursos necessários para o desenvolvimento econômico-social, incluindo a tão falada transição energética. Tais esforços implicam a realização, pela Petrobras, da avaliação pré-operacional no Bloco FZA-M-59, conforme o Plano Estratégico Operacional 2023-27.”
“A pesquisa, preparada há muito tempo, está programada para 540 km após a foz do rio Amazonas, 175 km da costa no Amapá e 60 km da fronteira com o mar colonial francês na Guiana, atingindo 2.800 m de profundidade. Certamente, obedecerá aos parâmetros que assegurem o menor impacto ambiental possível, conforme é a sólida tradição operacional da Petrobras.”
“No entanto, por mexer com poderosos interesses e por descortinar uma perspectiva de maior autonomia frente à divisão internacional do trabalho, além de abrir um novo patamar ao desenvolvimento nacional e regional, a conceituada estatal do País vem sofrendo ataques sistemáticos – internos, externos e multilaterais – de seus tradicionais desafetos e grupos de ambientalistas com viés conservador.”
“Evidencia-se, mais uma vez, o objetivo entreguista de desqualificar a maior e mais importante empresa nacional para, ao fim e ao cabo, comprometer a sua própria existência e privatizá-la. Tais ataques devem ser vigorosamente rechaçados e denunciados como a mais nova tentativa de curvar o Brasil diante dos conglomerados monopolista-financeiros privados, inclusive os estados imperialistas e os grandes grupos midiáticos que lhes servem de base ou apoiam.”