O I Encontro Internacional de Publicações Teóricas de Partidos e Movimentos de Esquerda realizou, com êxito e completamente, a sua programação. Ao final, os delegados visitaram coletivamente, como planejado pela direção do Evento, a instituição denominada Centro Fidel Castro Ruz, agora já disponível à visitação pública sem prejuízo de sua finalização em curso. Trata-se de um espaço multimídia cuja finalidade reside na pesquisa, na documentação e na divulgação dedicadas, integralmente, à vida e à obra do importante revolucionário, com repercussões nacionais e mundiais, seja na construção do socialismo em Cuba, seja nos combates anticoloniais, seja nos embates anti-imperialistas. 

O Conclave cumpriu, antes, os pontos propostos pela Revista Cuba Socialista, órgão teórico e político do Partido Comunista de Cuba, responsável pela direção e a infraestrutura: “O imperialismo norte-americano e a nova configuração geopolítica mundial”; “Fidel e a solidariedade internacional“; “O socialismo e a juventude”; “Apresentação do livro A era do conspirativismo, de Ignacio Ramonet”. Os debates, após as exposições, ocorreram mediante oradores inscritos, que, verbalizando as suas prioridades, contribuíram para o consenso. Cabe sublinhar que os trabalhos foram valorizados pela presença do presidente Miguel Díaz-Canel, com sua intervenção referente à situação geopolítica planetária. 

No sábado, 11 de fevereiro, leu-se o rascunho do comunicado final, depois aprovado pelas dezenas de representações pertencentes a 36 países, reunidas na Casa das Américas, cujo amplo auditório ficou lotado. Cumpre destacar duas relevantes atividades culturais que abrilhantaram o Simpósio: a “Feira Internacional do Livro”, contexto que teve a Colômbia como país convidado, e o desempenho do “Coro Nacional de Cuba”, com excelentes arranjos vocais de standards populares. O Plano de Ação contém – após a costumeira introdução que visou a situar os leitores – duas partes. A primeira dispõe sobre os adotados critérios gerais de princípio. A outra, mais prática, enuncia os pontos acordados. 

São as cinco “bases”: declarou-se, considerando-se que as ciências sociais devem ter como finalidade a transformação do existente, o compromisso com as classes ou camadas exploradas e oprimidas; advogou-se a união da esquerda na diversidade, abarcando quatro níveis, o anticapitalista, o anti-imperialista, o antifascista e o da “justiça social”; defendeu-se da insaciável depredação burguesa o meio ambiente, pois o ser humano está em risco pela destruição de suas condições vitais naturais; rejeitaram-se as coerções unilaterais que perseguem os povos e tentam submetê-los ao desígnio imperialista; manifestou-se a favor da paz, interlocução e negociação como a solução da guerra na Europa. 

São 10 tarefas: articular com a Rede em Defesa da Humanidade; apoiar um Tribunal Internacional contra o Bloqueio a Cuba; tornar 21 de fevereiro, aniversário do Manifesto Comunista, o Dia do Livro Vermelho; cumprir atos pela paz em 21 de setembro; rechaçar o domínio cultural imperialista; intercambiar textos e livros de interesse mútuo; criar uma biblioteca digital; combinar iniciativas comuns de comunicação; compartilhar fontes alternativas para financiamento a projetos editoriais de cunho contra-hegemônico; convocar os próximos encontros para Caracas, novembro/2023, quando a infame Doutrina Monroe faz 200 anos, e Havana, fevereiro/2024, aos 65 anos da Revolução Cubana triunfante.

Acesse aqui a íntegra do Plano de Ação.

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