Por Vereda Popular —
No dia 15 de março, em um sábado ensolarado, mas com ameaça de chuva, cerca de duzentas pessoas participaram no Encontro em desagravo e solidariedade a Maria Rita Kehl. O Evento aconteceu na Livraria Jenipapo, um importante ponto de aglutinação cultural em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Os presentes entregaram à psicanalista, ensaísta, escritora e jornalista, que integrou a Comissão Nacional da Verdade, a Carta de Desagravo e Solidariedade subscrita por mais de mil e duzentas pessoas de múltiplas feições político-ideológicas, em todo o território brasileiro. Entre os signatários estão ex-ministros de Estado, reitores e ex-reitores, professores, jornalistas, artistas e intelectuais em geral, bem como sindicalistas, militantes de movimentos populares, estudantes e empresários.
A Carta e o Ato materializam uma reação aos ataques e perseguições virtuais sofridos pela destacada intelectual orgânica, reconhecidamente comprometida com as liberdades democráticas e as causas populares. Os motivos das agressões, perpetradas por grupos inscientes e sectários, foram suas análises sobre o chamado “identitarismo” e sobre a prática de “cancelamento”.
Ao contrário de silenciar em face das tentativas de impor o silêncio e aniquilar o debate, a resposta que prevaleceu foi reafirmar o imperativo das interlocuções democráticas e bem qualificadas sobre a origem, a substância e os limites do particularismo.
Na conversa informal, que se prolongou por quase duas horas após a entrega física do abaixo-assinado, Maria Rita explanou brevemente sobre as suas opiniões e respondeu a perguntas. Suas intervenções se somaram à tonalidade geral do ato, que consistiu em garantir os livres dissensos e a liberdade plena de expressão, acerca de quaisquer temas referentes aos interesses nacional-populares.
A iniciativa da campanha partiu do Instituto Sérgio Miranda (Isem), contando com a importante participação do Instituto Novos Paradigmas, do portal Vereda Popular, de vários sindicatos e de outras entidades País afora.