Por Daniel Veiga—
A população de Belém/Pará realizou, no último dia 28 de novembro de 2024, um Ato de Solidariedade ao Povo Palestino, que vem sofrendo historicamente com políticas genocidas e colonialistas.
O Evento, organizado por diversas Entidades Populares e personalidades políticas locais, incluindo a Prefeitura Municipal de Belém, denominado “UM CONCERTO PARA GAZA – ARTISTAS DE BELÉM EM SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO”, expressou a disposição do povo belemense em manter a sua tradição de cidade solidária, combativa, aberta, que acolhe os perseguidos e que precisam de apoio e solidariedade. Na história recente, lembremos que em novembro 1979, em plena Ditadura Militar, Belém recebeu a visita do então Embaixador da Palestina no Brasil Farid Swan, iniciativa das Entidades e Movimentos Populares da cidade.
O Evento serviu para expressar que vemos hoje um verdadeiro genocídio contra o povo palestino, praticado diante de câmeras e televisionado para todo o mundo. A ofensiva mais recente, que tem o falso pretexto de liquidação do Hamas, não poupa nenhum cidadão palestino, independente de gênero ou idade. Vemos constantemente centenas de civis, crianças, jovens e mulheres sendo fuzilados e bombardeados com a falsa justificativa de estarem próximos de supostos alvos militares. Sequer podemos ter certeza do número exato de vítimas, dado o grau de violência dos ataques.
Desde 7 de outubro de 2023, temos a confirmação de que pelos menos 50.000 palestinos foram mortos nos ataques das forças militares de Israel, cerca de 2% da população, e de que pelos menos 22.500 palestinos sofreram ferimentos graves, como amputação de membros, danos à medula espinhal e lesões cerebrais traumáticas.
Os ataques de Israel a alvos como escolas, Universidades e espaços de ensino, reforçam o caráter de genocídio contra o povo palestino. No dia 17 de janeiro de 2024, as forças israelenses de ocupação em Gaza explodiram a última Universidade que ainda resistia aos bombardeios e permanecia de pé, a Universidade de Al-Azhar.
Os bombardeios sistemáticos não são coincidências trágicas, mas uma tática genocida para aniquilar o povo palestino, o objetivo dessa prática é impedir que os palestinos que ainda estejam vivos, tenham direito a educação, não só durante o período de ataques encarniçados que vemos cotidianamente, mas para sempre. Como podemos continuar nossas atividades acadêmicas permanecendo em silêncio diante de um genocídio televisionado? Como podemos fingir normalidade vendo um povo inteiro ser aniquilado pouco a pouco e tendo seu direito à educação aviltado através de um genocídio?
Se historicamente foi dever da humanidade combater o genocídio do povo judeu durante o holocausto, hoje é dever do mundo se solidarizar com o povo palestino e lutar ativamente para que o genocídio praticado pelo Estado de Israel se finde imediatamente.
No Evento tivemos a participação ativa e combatente do companheiro Edmilson Rodrigues, Prefeito de Belém; Ualid Hussein Rabah, representante da Federação Árabe Palestina no Brasil; Luiz Arnaldo Campos, diretor e roteirista de Cine e TV; Araceli Lemos, Secretária Municipal de Educação de Belém: Sandra Batista, representando o CEBRAPAZ, representantes do MST-Para, do MAB- Pará, entre outros.
O POVO PARAENSE NÃO COMPACTUA COM GENOCÍDIOS.
PALESTINA LIVRE!
PALESTINA LIVRE!
Confira aqui fotos do evento