O portal Vereda Popular, depois de publicar, em dois editoriais, as moções aprovadas pelo CC/PRC na reunião de 26-28/5/2023, apresenta hoje o documento sobre conjuntura e tática. Trata-se do material intitulado Em apoio ao Governo Lula-Alckmin, aprofundar a luta democrática, nacional e progressista, válido como linha oficial do Partido até a sessão nacional do VI Congresso. No fórum máximo, que se concluirá no segundo semestre, serão discutidas e apreciadas pelos delegados as Teses nacionais em preparação, resultando na orientação coletiva para o novo quadro nas lutas entre classes.
A resolução de maio tem quatro seções. A primeira – O capital em crise e a Europa em chamas – discorre sobre os dilemas na economia capitalista e seus reflexos geopolíticos, mormente no território latino-americano. Sustenta que a resposta eficiente a governos e regimes fascistizantes tem sido a frente ampla, com ações de combate ao imperialismo estadunidense, à corrida armamentista e às sanções unilaterais. Em síntese, propõe a solidariedade ativa entre os povos, bem como a soberania e autodeterminação das nações, além da paz, com cessar fogo incondicional e imediato na guerra da Ucrânia.
A segunda caracteriza O novo período político aberto no Brasil após as eleições de 2022, com a posse dos eleitos, a constituição do novo Governo, a falência da intentona golpista e o estancamento da crise militar. Constata que, agora fora da chefia estatal, Bolsonaro e sua camarilha reciclaram suas táticas, mas continuam com a intenção de liquidar o regime democrático. Assim, frisa que o inimigo e o núcleo tático seguem os mesmos, afirmando a necessária união de largos setores para isolar cada vez mais as falanges, sustentar os governos democrático-progressistas e garantir maiores conquistas.
A terceira parte – O PRC em face da oposição fascista – valoriza o Governo Central por manter o rumo e pela sensibilidade ao contornar os principais obstáculos. Consequentemente, aponta os posicionamentos positivos, entre as quais o enfrentamento às conspirações, passando pelos projetos e políticas sociais retomados, até o esforço de cumprir os compromissos de campanha. No entanto, faz dois alertas: um governo democrático não garante a derrota decisiva dos reacionários; atrelar os anseios populares a medidas ou pleitos nas instituições estatais seria inibir as energias das grandes massas.
Na última seção – Pontos para consolidar a vitória e avançar – estão algumas orientações-chaves. As entidades populares devem manter-se autônomas em face dos governos que apoiam, mas defendê-los dos ataques desfechados pela extrema-direita. O Governo Central precisa promover medidas que atendem aos problemas concretos e impactem a vida cotidiana. Os partidos e forças populares devem ser o polo dinâmico da frente ampla. Já devem ser articuladas iniciativas para os pleitos municipais, de modo que os candidatos democráticos e progressistas se apresentem como alternativas unificadas.
Leia o texto integral da resolução Em apoio ao Governo Lula-Alckmin, aprofundar a luta democrática, nacional e progressista.