O Fórum das Centrais Sindicais aprovou em 6/12/2021 a reunião da “Conferência Nacional da Classe Trabalhadora” (Conclat). O evento será em abril, sob o lema: “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”. O PRC vem propondo a iniciativa unitária desde 2019, como consta no Plano Nacional para o Trabalho Sindical referente a 2020, feito pela Secretaria Sindical e aprovado pelo CC dia 8/12/2019: “O calor da luta cotidiana e as trocas de opinião democráticas […] criam condições para se superarem as debilidades. […] Um dos pontos que merecem atenção é […] um novo encontro nacional do movimento sindical, com vistas à elaboração comum de políticas, ações e lutas. Trata-se do III Conclat.”
O assunto permeia os esforços do Partido há cinco anos, quando a Linha Sindical do PRC começou a ser debatida internamente, passando pelo Ativo Nacional Sindical em 2019, para ser conclusivamente aprovada no CC. Um trecho afirma: “O caminho para a construção do sindicalismo unitário passa, inicialmente, pela constituição de comandos sindicais […] para organizar mobilizações comuns e preparar o […] III Conclat, […] de categorias, ramos e setores produtivos, além de assembleias unificadas e encontros”. O documento concebe a iniciativa como parte indissociável da luta pela “unidade orgânica” das classes trabalhadoras – “a unicidade” – e de suas “entidades gerais, inclusive as centrais”.
A decisão dá continuidade a uma longa tradição do movimento sindical brasileiro. Em 2010, o princípio da unidade norteara o II Conclat, realizado em São Paulo, com aproximadamente 30 mil participantes. Convocado pela CGTB, CTB, CUT, Força Sindical e Nova Central, formulou e aprovou um texto importantíssimo, que ainda hoje baliza, nos seus traços gerais, as bandeiras de luta que mobilizam o proletariado e suas categorias. Nos eixos então adotados sobressaiam: combate ao desemprego; 40 horas semanais; aumento real do salário-mínimo; ratificação das melhores convenções fixadas na OIT; reforma agrária; reforma tributária progressiva; desenvolvimento com direitos trabalhistas.
Hoje, as entidades representativas, mais amadurecidas, esforçam-se para repetir ou até superar, o sucesso obtido no Pacaembu, há 12 anos. Para conseguir tal meta, o Fórum das Centrais, sem exceção, empenham-se ativamente. No III Conclat o movimento sindical certamente aprovará um plano de lutas novo e adequado, que balizará os seus pronunciamentos e ações nas eleições gerais de outubro, assim como a plataforma de reivindicações que será entregue aos candidatos à Presidência da República. Em fevereiro aparecerá uma primeira versão do material em preparação. Para os comunistas, semelhante programação tem grande importância, pois sintetiza os anseios do mundo laboral.
Combater medidas que jogam o peso da crise em cima do povo!
Barrar o confisco, repor as perdas e aumentar o salário mínimo!
Aprovar políticas e providências que suprimam o desemprego!
Garantir os direitos fundamentais e demais pleitos populares!
Defender o regime democrático e as liberdades políticas!
Por fim ao Governo Bolsonaro e suas medidas reacionárias!